O suboficial recebeu a sentença de um ano de prisão após os ministros do Supremo Tribunal Militar decidirem de forma unânime mudar o entendimento da Justiça Militar da União, que inicialmente havia sido contrária à condenação. O caso ganhou destaque pela gravidade do assédio sofrido pela sargento a bordo do navio.
Segundo relatos, o suboficial afirmou à vítima: “Hora de pagar. Eu consegui a sua vinda para o navio.” A sargento havia sido designada para participar de um curso de meteorologia aeronáutica e receberia aulas em alto-mar. No entanto, enquanto estava na sala de meteorologia do navio com uma colega, foi assediada pelo suboficial, que deitou no chão e pediu para que ela se deitasse sobre ele, chegando ao ponto de dizer: “Sou um beliche”.
A condenação do suboficial e a mudança de posicionamento do Supremo Tribunal Militar em relação ao caso ressaltam a importância de combater e punir casos de assédio sexual, especialmente em ambientes hierárquicos como o militar. A Marinha não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas espera-se que medidas internas sejam tomadas para coibir práticas desse tipo no futuro.
A sargento, por sua vez, recebeu apoio de outras colegas e autoridades militares para enfrentar o caso e buscar justiça, evidenciando a necessidade de dar voz e suporte às vítimas de assédio. A decisão do Supremo Tribunal Militar também serve como um alerta para que todos os integrantes das Forças Armadas ajam de acordo com os princípios éticos e respeitem seus colegas de trabalho, independente de cargo ou patente.
