Senado aprova em primeiro turno PEC que limita poderes do STF, com 52 a favor e 18 contra, próxima votação hoje

A PEC que limita os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF) foi aprovada pelo Senado nesta quarta-feira (22), com 52 senadores a favor e 18 contra, em primeiro turno. Como se trata de uma Emenda à Constituição, a proposta ainda precisa ser aprovada em segundo turno, o que deve ocorrer ainda no mesmo dia.

Essa PEC proíbe os ministros do STF de emitir decisões solitárias para suspender leis por inconstitucionalidade, bem como para suspender atos dos chefes dos Poderes Executivo e Legislativo. Além disso, inclui uma emenda que permite as advocacias do Senado e da Câmara participarem do processo de julgamentos de constitucionalidade de leis ou atos normativos do Congresso.

O projeto, que é de autoria do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e teve como relator Esperidião Amin (PP-SC), começou a andar no segundo semestre de 2023, em um contexto de tensão entre o Congresso e o STF. Havia a percepção de que os ministros estavam interferindo nas atribuições legislativas.

O autor da proposta nega que a medida seja parte de uma “guerrinha” com o STF, defendendo que o objetivo é promover o equilíbrio entre os Três Poderes. Antes da votação, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, conversou com o ministro Alexandre de Moraes sobre a PEC. Para ele, a proposta é uma afirmação de prerrogativas e competências do Legislativo.

A PEC contou com o apoio de governistas, mas não houve posição oficial do governo Lula a respeito. Um trecho da proposta sobre pedidos de vista em julgamentos do Judiciário foi retirado a pedido do líder do PSD, Otto Alencar (BA), que argumentou que o STF já possui regras sobre o tema em seu regimento interno.

Apesar das polêmicas em torno da proposta, a PEC segue para o segundo turno de votação no Senado, onde o resultado poderá confirmar as mudanças propostas em relação aos poderes do STF. A votação em segundo turno ainda deve ocorrer no mesmo dia, consolidando as alterações pretendidas pelo Congresso Nacional em relação ao Supremo Tribunal Federal.

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