A ampliação da liberdade de expressão proporcionada pela internet tem sido palco para a disseminação de discursos de ódio, fake news e desinformação. Grupos radicais se utilizam do anonimato proporcionado pelas telas para disseminar conteúdos prejudiciais. Essa realidade tem causado danos significativos, como o negacionismo em relação às mudanças climáticas e a propagação de informações falsas que impactam direta e indiretamente a sociedade.
A sociedade civil e a academia têm se mobilizado para debater e encontrar soluções para esses desafios. O Encontro Internacional de Educação Midiática, realizado pelo Instituto Palavra Aberta, é um exemplo de iniciativa que busca promover discussões sobre a ética da tecnologia, conflitos éticos no ambiente digital e o impacto da desinformação na sociedade. Nomes como Adeline Hulin, da Unesco, e Kyle Pope, da Covering Climate Now, estão entre os palestrantes do evento, que visa trazer reflexões e construção de conhecimento necessários para lidar com a complexidade da era digital.
Educar para a complexidade, incerteza e a ética humana torna-se essencial em um mundo cada vez mais midiatizado digitalmente. A busca por garantir a credibilidade das informações em meio ao avanço da inteligência artificial é um dos principais desafios atuais. Eventos como o Encontro Internacional de Educação Midiática contribuem para a construção de saberes que são fundamentais para a sociedade do século 21, conforme ressaltou o intelectual francês Edgar Morin.
Diante desses novos desafios, é fundamental promover a conscientização e o debate sobre o uso responsável das tecnologias e a defesa dos valores democráticos, a fim de garantir que a liberdade de expressão seja exercida de forma ética e contributiva para a sociedade como um todo.