Secretaria de Segurança Pública infla números de público em manifestação na Avenida Paulista, sem critérios claros para contagem.

Na última manifestação que ocorreu na Avenida Paulista, em São Paulo, o que mais chamou a atenção foi a diferença de números divulgados pelas autoridades em relação ao público presente no evento. Enquanto o responsável pela segurança pública do estado afirmou que não houve ocorrências relevantes mesmo com um público de 750 mil pessoas na avenida e no entorno, a imprensa questionou a metodologia utilizada para chegar a essa estimativa.

A falta de transparência por parte da Secretaria de Segurança Pública gerou diversas críticas, sendo comparada à contagem controversa realizada em março de 2016 durante uma manifestação pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Naquela ocasião, a Secretaria estimou em 1,4 milhão o número de presentes, quase o dobro do calculado pelo Datafolha.

Enquanto a imprensa presente no evento presenciou atualizações desencontradas por parte da corporação, o Instituto Datafolha divulgou uma estimativa de 500 mil pessoas, explicando a metodologia utilizada para chegar a esse resultado. O contraste entre os números gerou polêmica e levantou questionamentos sobre a credibilidade das informações fornecidas pelas autoridades.

Apesar disso, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro tentaram vender o ato como um recorde de público. Segundo informações divulgadas, mais de um milhão de pessoas teriam participado da manifestação, o que causou controvérsias e discordâncias com os dados apresentados pelo Datafolha.

Em meio a isso, a falta de transparência e a divergência de dados continuam sendo temas de debate e reflexão, ressaltando a importância da divulgação de informações claras e confiáveis por parte das autoridades responsáveis pela segurança pública.

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