Revelações de reunião de Bolsonaro: general Heleno fala em “virar a mesa” antes das eleições e PF investiga organização criminosa.

O ex-vice-presidente Hamilton Mourão se pronunciou sobre as declarações polêmicas do general Augusto Heleno em uma reunião de julho de 2022, cujo vídeo se tornou público recentemente. Segundo o general, se o presidente Jair Bolsonaro precisasse “virar a mesa”, ele deveria fazê-lo antes das eleições. Mourão classificou a fala como uma “força de expressão” e avaliou como “delicada” a declaração de Heleno.

Além disso, Mourão reconheceu que não há provas de fraude nas urnas eletrônicas, mesmo diante das diversas vezes em que Bolsonaro questionou a lisura do processo eleitoral. O ex-vice-presidente afirmou que nunca encontrou uma “prova cabal” de que as urnas podem ser fraudadas e ressaltou a importância de confiar no processo eleitoral.

Sobre a possibilidade de um golpe de Estado, Mourão afirmou à CNN Brasil que o assunto pode ter sido levantado e discutido, mas que não há nenhum dado que comprove que Bolsonaro teria dado ordens nesse sentido. Ele ainda reforçou que, na sua visão, o presidente não tinha a intenção de realizar um golpe.

Enquanto isso, a Polícia Federal está investigando uma suposta organização criminosa que teria tentado dar um golpe durante as eleições de 2022. Segundo a PF, o grupo se dividiu em núcleos para disseminar informações falsas sobre fraude nas eleições e tentar viabilizar e legitimar uma intervenção militar. O primeiro núcleo trabalhou para construir e propagar a narrativa de fraude, espalhando mentiras sobre vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, inclusive após a vitória do presidente Lula.

Essas declarações de Mourão e a investigação da PF lançam luz sobre a turbulenta situação política no Brasil, com discussões sobre golpes de Estado e alegações de fraude eleitoral. Enquanto isso, o país aguarda os desdobramentos do caso e a posição das autoridades sobre as provas e investigações.

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