Essa medida gerou um intenso debate entre apoiadores e opositores do presidente. Enquanto os apoiadores elogiam a iniciativa e acusam o judiciário de corrupção, os opositores argumentam que a reforma pode enfraquecer a independência dos juízes e deixá-los vulneráveis à pressão do crime organizado. Essa divisão de opiniões tem levado a protestos, como a invasão da sede do Senado por manifestantes contrários à medida, que resultou na suspensão da sessão e sua posterior retomada em outro local.
Além disso, a decisão de implementar eleições para todos os cargos judiciais no México tem causado preocupação internacional. Especialistas das Nações Unidas e organizações como a Human Rights Watch criticaram a medida, que colocaria o país em uma posição única em termos de eleição de juízes. A mudança também tem gerado tensões com os Estados Unidos, principal parceiro comercial do México.
Segundo informações da agência de notícias RFI, o México será o primeiro país do mundo a adotar esse sistema de eleição de juízes. A expectativa é que as eleições para todas as esferas judiciais mexicanas comecem a partir do próximo ano, conforme relatado pelo jornal The New York Times. Assim, a reforma proposta pelo presidente Obrador promete transformar a estrutura do sistema judicial no país, impactando a política e as relações internacionais.