Repórter São Paulo – SP – Brasil

Projeto PROTECT: OPAS e Banco Mundial lançam iniciativa para fortalecer resposta a pandemias na região amazônica, beneficiando mais de 2,4 milhões de pessoas.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e o Banco Mundial deram início ao Projeto PROTECT no início deste mês, uma iniciativa conjunta para fortalecer a vigilância de doenças e os laboratórios de pesquisa em sete países da América do Sul, incluindo o Brasil. Essa ação visa aprimorar a capacidade de resposta desses países a pandemias, com foco especial na região da bacia amazônica.

A região da bacia amazônica foi escolhida devido à sua vasta biodiversidade e à vulnerabilidade aos impactos das mudanças climáticas e da intervenção humana. A presença de vetores de doenças em áreas tropicais e subtropicais, juntamente com o isolamento de algumas regiões, aumenta a vulnerabilidade das comunidades locais aos riscos de pandemias.

De acordo com a OPAS, o Projeto PROTECT tem como objetivo beneficiar mais de 2,4 milhões de pessoas nos próximos três anos, incluindo indígenas, não indígenas, ribeirinhos, migrantes e deslocados. Para viabilizar essa iniciativa, foi concedido um financiamento de quase U$ 17 milhões (R$ 92,2 milhões) pelo Fundo para Pandemias, que tem como objetivo ajudar os países de baixa e média renda a se prepararem para futuras pandemias.

O projeto PROTECT envolve não apenas a OPAS e o Banco Mundial, mas também os Ministérios da Saúde e da Agricultura dos sete países envolvidos, além do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária da OPAS. Jaime Saavedra, diretor de desenvolvimento humano para América Latina e Caribe no Banco Mundial, destacou a importância da colaboração entre os países e setores para salvar vidas.

O PROTECT priorizará três frentes de ação: melhorar sistemas de vigilância precoce de doenças zoonóticas, aprimorar a capacidade laboratorial de detecção de patógenos e treinar a força de trabalho para avaliação de riscos. A expectativa é fortalecer a coordenação e troca de informações entre os países da região, a fim de prepará-los para enfrentar possíveis pandemias no futuro.

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