Projeto de lei proíbe uso de banheiros em escolas com base na identidade de gênero dos alunos, aprovação gera polêmica.

A Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou nesta quarta-feira (28) um projeto de lei que proíbe o uso de banheiros nas escolas com base na identidade de gênero dos alunos. A proposta visa vedar o uso de banheiros e vestiários públicos por usuários cujo sexo de nascimento seja diferente da destinação do banheiro ou vestiário, a menos que sejam identificados como unissex ou de uso familiar.

O projeto, de autoria do senador Magno Malta (PL-ES) e relatado por Zequinha Marinho (Podemos-PA), foi aprovado por votação simbólica na Comissão de Direitos Humanos e seguirá agora para a comissão de Educação. Caso seja aprovado, irá para a Câmara dos Deputados, a menos que haja um pedido de ao menos nove senadores para análise em plenário.

Durante a votação, não houve discussão sobre o projeto de lei, sendo aprovado rapidamente. Magno Malta agradeceu a aprovação do texto, destacando a importância da medida em um momento difícil para o país.

O relator Zequinha Marinho defendeu a urgência da proibição, argumentando que a mera alegação verbal de identidade de gênero não deve permitir o uso de banheiros exclusivos para meninas por pessoas de outro sexo. Segundo ele, o projeto não fere os direitos da população trans.

O presidente da comissão, Paulo Paim (PT-RS), garantiu que não deixará projetos sem votação durante seu mandato, ressaltando que os senadores contrários à proposta poderiam ter solicitado mais tempo para analisá-la. Paim enfatizou que nunca engavetou projetos e que não o fará neste mandato.

Se aprovado, o projeto terá impacto direto sobre crianças e adolescentes trans, restringindo seu acesso a banheiros de acordo com seu sexo de nascimento. A discussão sobre a medida promete gerar debates intensos e divisões de opiniões no cenário político do país.

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