Presidente Lula demite número 2 da Abin e promove mudanças em meio a investigações da “Abin Paralela” sob gestão Bolsonaro

O presidente Lula, do PT, tomou a decisão de demitir o número 2 da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) após as recentes investigações e suspeitas levantadas sobre a “Abin Paralela” que teria sido montada na gestão de Jair Bolsonaro. A exoneração de Alessandro Moretti e outras mudanças na direção da Abin foram publicadas em edição extra do Diário Oficial da União na noite da última terça-feira (30).

Com a demissão do número 2 da Abin, o presidente Lula chancelou a permanência na chefia do órgão de Luiz Fernando Corrêa, que promoveu a troca de outros seis diretores. A decisão de manter Corrêa e realizar as demais mudanças na diretoria, apesar das investigações em curso, foi justificada pela Abin como parte do cronograma de reformulação do órgão iniciado no ano passado.

As suspeitas de montagem de uma estrutura paralela de espionagem durante a gestão Bolsonaro levaram a Polícia Federal a realizar três operações autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal. A presença de Moretti no cargo passou a ser contestada após ele ser citado na operação deflagrada na semana passada. A PF afirma que ele participou de uma reunião e teria dito que a investigação sobre a agência tinha “fundo político” e iria passar.

Apesar das investigações em andamento e das demissões na direção da Abin, o embate nos bastidores entre a agência de inteligência e a Polícia Federal continua. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e o diretor-geral da Abin ocupam campos divergentes dentro do governo, o que adiciona mais complexidade ao cenário político.

Além das investigações em curso, a cúpula da Abin também está sob escrutínio devido a suspeitas de envolvimento em atividades ilícitas. A agência está no centro de uma crise envolvendo as investigações em torno da possível montagem de uma estrutura paralela de espionagem durante a gestão Bolsonaro. A presença de Moretti no cargo passou a ser contestada após citado na operação deflagrada na semana passada.

A situação intensa na Abin e a relação entre o governo de Lula e a agência continuam a atrair atenção e suscitar questionamentos sobre a real natureza das mudanças e exonerações na direção do órgão de inteligência. A reestruturação da Abin tem implicações significativas e moldará o futuro da agência e sua atuação no atual governo.

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