Gleisi considera o voto de Wagner um equívoco e afirmou que o partido irá trabalhar contra a matéria, buscando impedir sua confirmação pela Câmara dos Deputados. De acordo com a líder do partido, o STF desempenhou um papel fundamental na defesa da democracia no Brasil, e a PEC aprovada no Senado, que visa cercear a atuação do Supremo, é uma revanche política orientada pela extrema direita.
A PEC foi aprovada no Senado com 52 votos a favor e 18 contrários, três a mais do que os 49 necessários. Jaques Wagner, que é líder do governo no Senado, justificou seu voto como “estritamente pessoal”. No entanto, a posição do senador do PT causou descontentamento dentro do partido, segundo a presidente Gleisi.
Ela ressaltou o papel do STF em questões como a defesa da democracia, a garantia do respeito ao processo eleitoral e o apoio a ações de governadores e prefeitos durante a pandemia, agindo contra a política negacionista do governo federal. Em contrapartida, a PEC aprovada no Senado restringe a atuação do Supremo, o que levanta questionamentos sobre a motivação por trás dessa medida.
Diante desse cenário, o PT se posiciona contra a PEC e promete empenhar esforços para barrar sua aprovação na Câmara dos Deputados. A manifestação da presidente do partido evidencia a divisão de opiniões dentro da legenda, gerando debates e reflexões sobre o papel do STF e a interferência do Legislativo em suas decisões.
Essa divergência interna e a postura de Gleisi Hoffmann em relação ao voto de Jaques Wagner demonstram a complexidade das relações políticas e a importância das decisões do Congresso Nacional no cenário atual. A batalha em torno da PEC que limita as decisões do STF promete ser acirrada, com diferentes posicionamentos e interesses em jogo.