O destaque dessa alta foram os óleos vegetais, que registraram um aumento de 8% em março em comparação a fevereiro. Os óleos de palma, soja, girassol e colza foram os principais responsáveis por esse aumento, atingindo o maior valor em um ano.
O óleo de palma teve sua produção reduzida, enquanto a demanda na Ásia cresceu. Já o óleo de soja teve uma alta global devido à maior procura pelo produto no setor de biocombustível, especialmente no Brasil e nos Estados Unidos. A influência do aumento dos preços do petróleo também foi apontada como um fator determinante nessa elevação.
Além dos óleos vegetais, a FAO também destacou o reajuste dos preços das carnes e dos produtos lácteos. Após uma queda no mercado internacional em 2022, os preços das carnes bovina, suína e de frango voltaram a subir em março deste ano. Os lácteos também tiveram uma reversão na tendência de queda, principalmente devido à oferta menor e à maior importação por países asiáticos.
Apesar do aumento nos preços dos alimentos, os cereais mantiveram uma tendência de queda em março, acumulando uma redução de 20% em 12 meses. A concorrência entre exportadores e as perspectivas de uma safra melhor foram apontadas como os principais motivos para essa diminuição nos preços.
No Brasil, o mercado de alimentos também foi impactado, com a menor captação de leite resultando em uma disputa entre os laticínios e impulsionando os preços internos. Além disso, o país deverá abrir o mercado da Turquia para a carne bovina, com uma cota anual de 20 mil toneladas, o que pode trazer avanços significativos para o setor.
Diante desse cenário de alta nos preços dos alimentos, o setor do café também está em destaque, com o valor do café robusta se aproximando do arábica, o que pode impactar o abastecimento devido às ocorrências geopolíticas no mundo. Exportações de soja também estão em alta, com previsão de 15,3 milhões de toneladas a serem exportadas neste mês, impulsionando o mercado brasileiro.