Desde o reajuste nas refinarias da Petrobras, ocorrido no dia 16 de maio, o valor do diesel já acumula um repasse de R$ 1,05 por litro. E a tendência é que continue subindo na próxima semana, devido ao retorno parcial da cobrança de impostos federais sobre o combustível.
A alíquota de PIS/Cofins, que estava zerada, passará a ser de R$ 0,11 por litro a partir de terça-feira (5). Em outubro, o governo aumentará essa parcela para R$ 0,13. Além disso, haverá a retomada da cobrança sobre o biodiesel, que representa 12% da mistura vendida nos postos.
Segundo o consultor Dietmar Schupp, especialista em tributação de combustíveis, estima-se que o impacto médio da retomada da cobrança de PIS/Cofins nas bombas seja de R$ 0,10 por litro, o que poderá elevar o preço do diesel S-10 acima dos R$ 6,20.
Vale ressaltar que essa reoneração federal sobre o diesel ocorre em um momento em que há pouca margem para redução nos preços nas refinarias da Petrobras, ao contrário do que ocorreu quando o governo voltou a cobrar integralmente impostos sobre a gasolina.
De acordo com a ANP, o preço médio da gasolina nos postos brasileiros se manteve praticamente estável, em R$ 5,87 por litro, nesta semana. Desde o último reajuste, no dia 16 de maio, o aumento acumulado é de R$ 0,34 por litro. Já o preço médio do etanol hidratado também ficou praticamente estável, em R$ 3,65 por litro.
No início desta semana, o preço médio do diesel nas refinarias da Petrobras estava R$ 0,41 por litro abaixo da paridade de importação calculada pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
Essas informações são preocupantes para os consumidores, visto que o aumento dos preços do diesel e da gasolina impacta diretamente no custo de vida e nos gastos com transporte, afetando também o setor produtivo do país. Resta esperar os desdobramentos dessas mudanças e o impacto que terão na economia brasileira.