Além disso, os dados revelam que mais de 95% dos anúncios do deputado foram focados em mulheres com idade entre 18 e 24 anos, deixando de lado as mulheres mais velhas. Segundo o analista digital Felipe Murta, essa estratégia se deve ao fato de que mulheres mais jovens costumam se envolver mais com conteúdos pessoais, enquanto as mais velhas preferem conteúdos mais densos.
No entanto, Murta critica a abordagem do deputado, afirmando que não há justificativa para expor eleitoras mais jovens a selfies ou fotos do político sem camisa. Ele ainda ressalta que esse tipo de conteúdo cria uma fragilidade política. Quando o conteúdo dos anúncios é mais político, como projetos aprovados ou pleitos, a segmentação muda e passa a atingir mulheres com mais de 35 anos.
Outro ponto levantado é o foco de Studart nas jovens de Brasília, em detrimento de suas eleitoras no Ceará. O gabinete do deputado justificou essa preferência afirmando que o público que acompanha o perfil do político não se restringe apenas ao Ceará, mas é nacional.
Diante dessas análises, fica evidente a necessidade de uma revisão na estratégia de direcionamento dos anúncios políticos do deputado. É importante considerar a diversidade de público e as diferentes formas de engajamento de cada faixa etária e gênero para uma abordagem mais equilibrada e eficaz.
