Repórter São Paulo – SP – Brasil

Parlamento ucraniano proíbe ramo da Igreja Ortodoxa Russa em meio a tensões com a Rússia

Nesta terça-feira, em Kiev, os parlamentares ucranianos aprovaram uma lei que visa proibir as atividades de um ramo da Igreja Ortodoxa ligado à Rússia, em um movimento que pode resultar em uma ruptura histórica entre a Ucrânia e a instituição acusada pelo governo ucraniano de cumplicidade na invasão do país pelas forças russas.

A maioria dos ucranianos segue a fé cristã ortodoxa, porém a divisão ocorre entre o ramo tradicionalmente ligado à Igreja Ortodoxa Russa, conhecida como Igreja Ortodoxa Ucraniana (IOU), e uma Igreja Ortodoxa da Ucrânia independente, que foi reconhecida pela hierarquia ortodoxa mundial a partir de 2019.

Este movimento histórico pode intensificar ainda mais a divisão religiosa no país e desencadear mudanças significativas na estrutura da Igreja Ortodoxa na região. A aprovação desta lei reflete a tensão política e religiosa existente entre a Ucrânia e a Rússia, especialmente em meio ao contexto de conflito armado que persiste desde a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014.

Essa decisão é um reflexo das tentativas do governo ucraniano de afirmar sua independência e soberania, tanto do ponto de vista político quanto religioso. Os debates e negociações em torno desta lei foram intensos e polarizaram a opinião pública no país, revelando a sensibilidade do tema e sua relevância para a sociedade ucraniana.

Embora os impactos a longo prazo desta medida ainda sejam incertos, é evidente que a relação entre a Ucrânia e a Igreja Ortodoxa Russa está passando por um momento de ruptura e redefinição. O futuro da religião ortodoxa na Ucrânia está em jogo, e as consequências desta decisão reverberarão não apenas no cenário religioso, mas também no âmbito político e social do país.

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