ONU denuncia condições “inconcebíveis” de nascimento de bebês em Gaza durante guerra, com quase 20.000 nascimentos em mais de três meses.

“ONU denuncia nascimento de milhares de bebês em condições ‘inconcebíveis’ em Gaza desde o início da guerra”

A escalada do conflito na Faixa de Gaza tem trazido consequências humanitárias devastadoras, repercutindo de maneira particularmente cruel para as grávidas e recém-nascidos na região. A Organização das Nações Unidas (ONU) denunciou, nesta sexta-feira (19), que milhares de bebês têm nascido em condições “inconcebíveis” desde o início do conflito, que já dura mais de três meses.

De acordo com a agência da ONU para a infância, Unicef, quase 20.000 bebês nasceram desde 7 de outubro, data que marca o início do conflito. Isso corresponde a um bebê nascendo a cada 10 minutos na região atormentada pela guerra. A porta-voz da Unicef, Tess Ingram, destacou a gravidade da situação, afirmando que “virar mãe deveria ser um momento de celebração. Em Gaza, é uma nova criança nascendo no inferno”.

A agência descreveu as condições de vida das mulheres grávidas em Gaza como extremamente precárias, com falta de acesso adequado a cuidados pré-natais e de maternidade. A violência e a destruição causadas pelos bombardeios incessantes têm exposto as gestantes a grandes riscos, sem falar na enorme dificuldade de acesso a hospitais e centros de saúde.

Em Genebra, a agência fez questão de transmitir a angústia e a indignação diante da situação insustentável em que a população de Gaza se encontra. A indignação toma conta da porta-voz, Tess Ingram, que expressou a aflição da agência em ver a maternidade, um momento sagrado e especial, transformado em um pesadelo indescritível para tantas mulheres que habitam a região.

A denúncia da ONU chega num momento crucial, em que a comunidade internacional volta os olhos para o conflito em Gaza e a busca por uma solução pacífica e duradoura para a região. A situação dos bebês nascidos em meio ao caos e à destruição serve como um lembrete alarmante das vidas humanas em jogo e da urgência de se tomar medidas eficazes para proteger a população mais vulnerável durante períodos de conflito. A agência chama a atenção para a necessidade de assegurar tratamento médico adequado e apoio humanitário para as mulheres e crianças em Gaza, visando evitar a perda de mais vidas e promover condições dignas de nascimento e de vida para os recém-nascidos na região.

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