Repórter São Paulo – SP – Brasil

Negociações climáticas da COP28 fracassam em fechar acordo sobre regras para compensação de emissões de carbono.

As negociações climáticas da COP28 chegam ao fim sem um acordo sobre novas regras para as compensações de carbono. A proposta de estabelecer um sistema centralizado para que países e empresas pudessem começar a compensar suas emissões e comercializar essas compensações foi rejeitada por países-chave, incluindo a União Europeia, o México e a Associação Independente da América Latina e do Caribe (Ailac).

Após duas semanas de intensas negociações na cúpula climática em Dubai, a falta de consenso sobre as regras fundamentais para a aprovação de projetos de compensação representou um revés significativo nas discussões. A proposta de um sistema centralizado administrado pela Organização das Nações Unidas (ONU) não obteve o apoio necessário para ser aprovada, resultando em um impasse que frustrou as expectativas de avanço nesta área fundamental para o combate às mudanças climáticas.

A falta de acordo reflete as divergências entre os países sobre o formato e as condições das compensações de carbono, um mercado que movimenta bilhões de dólares e desempenha um papel crucial na redução das emissões de gases de efeito estufa. Enquanto alguns defendem regras mais rígidas e transparência, outros preocupam-se com o impacto econômico e as barreiras à participação de países em desenvolvimento.

A repercussão da falta de consenso na COP28 já se faz sentir nos mercados financeiros e nos setores industriais, com investidores e empresas aguardando ansiosamente a definição de um sistema mais claro e previsível para as compensações de carbono. A incerteza resultante das negociações infrutíferas pode comprometer os esforços de redução das emissões e a transição para uma economia mais sustentável.

Diante desse impasse, a expectativa é que as discussões sobre as compensações de carbono continuem em outras instâncias e fóruns de negociação climática, à medida que os países buscam superar suas divergências e construir consenso em torno de um sistema que concilie as necessidades econômicas e ambientais. A próxima oportunidade para avançar nesse tema crucial será a COP29, onde as partes esperam que as lições aprendidas em Dubai possam contribuir para um resultado mais positivo.

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