Segundo o Ministério Público, as escolas servem como pontos de apoio em casos de desastres, mas não possuem condições adequadas para se tornarem abrigos temporários para as famílias desabrigadas. A situação compromete o ano letivo dos alunos, além de não proporcionar dignidade e proteção social para as pessoas afetadas.
Atualmente, as 95 pessoas das 27 famílias estão abrigadas na Escola Municipal Alto Independência. O Ministério Público solicitou que o novo local de abrigo seja no bairro Independência, região vulnerável a temporais e desastres naturais.
De acordo com a promotoria, as famílias resistem à transferência para um abrigo localizado no bairro Caxambu, distante do centro da cidade e do local atingido pela chuva. Além disso, o abrigo está próximo de sua capacidade máxima e os demais abrigos previstos no Plano de Contingência da Assistência Social também não estão preparados para uso imediato.
A administração municipal informou que está preparada para receber até mil pessoas nos pontos de apoio e abrigos, disponibilizando colchões, cobertores, alimentos, entre outros itens necessários. Após o temporal de sexta-feira, a procura por abrigos chegou a 500 pessoas.
As aulas na rede municipal estão suspensas na Escola Municipal Alto Independência, que atualmente abriga as famílias provisoriamente. As demais unidades de ensino retomaram suas atividades normalmente nesta segunda-feira.
Em meio a essa situação, quatro pessoas de uma mesma família morreram em um desabamento de casa em Petrópolis devido à chuva, enquanto uma criança de 4 anos foi resgatada viva. A cidade já enfrentou tragédias decorrentes de chuvas em anos anteriores, mostrando a vulnerabilidade da região serrana do Rio de Janeiro a desastres naturais.
