O relator do processo, juiz eleitoral Luciano Carrasco Falavinha Souza, deve apresentar seu voto no próximo mês, e o caso pode ser encaminhado para julgamento no plenário do Tribunal Regional Eleitoral já no final de janeiro.
A ação eleitoral foi proposta no final do ano passado pelo PL e pela federação formada por PT, PV e PC do B, que acusam Moro de abuso de poder econômico e utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social durante o período de pré-campanha. Além disso, foram apontados indícios de corrupção a partir da contratação do escritório do advogado Luís Felipe Cunha, hoje primeiro suplente de Moro.
Os partidos buscam a cassação do mandato e a inelegibilidade de Moro por oito anos, além da realização de uma nova eleição para a vaga do ex-juiz da Lava Jato. Por sua vez, a defesa de Moro tem alegado que os gastos na pré-campanha não tiveram impacto no resultado eleitoral e que a ação de investigação tem natureza política.
Cabe destacar que este é mais um capítulo na trajetória política conturbada de Sergio Moro, que foi ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro, mas pediu demissão em abril de 2020, alegando interferência do presidente na Polícia Federal. Desde então, o ex-juiz tem sido alvo de críticas e acusações, e enfrenta agora a possibilidade de cassação de seu mandato.
Por se tratar de um político conhecido e controverso, esse caso tem gerado grande repercussão na imprensa e entre a população, alimentando debates acalorados sobre ética na política e conduta de autoridades. O desfecho da ação eleitoral contra Sergio Moro certamente será seguido de perto pelos brasileiros, podendo impactar não apenas o futuro político do ex-juiz, mas também a percepção da população sobre a justiça eleitoral e o sistema político como um todo.
