Durante o festival, Ludmilla exibiu a frase “Só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas”, o que gerou interpretações de preconceito religioso. A cantora se defendeu alegando que a imagem foi retirada de contexto e que respeita todas as crenças. Martinho esclareceu que Tranca Rua é uma referência a Exu, um mensageiro na religião africana, e comparou a crença em Exu dos praticantes da religião africana com a fé em Jesus dos evangélicos.
Além disso, Martinho da Vila abordou outro tema durante a entrevista, falando sobre a Academia Brasileira de Letras. Ele expressou que não se candidataria novamente à ABL, pois acredita que os escolhidos já possuem o apreço da diretoria. No entanto, afirmou que aceitaria o convite se fosse feito. O cantor destacou a importância de trocar ideias com intelectuais e mencionou a questão racial na história da academia, ressaltando a importância da representatividade negra em espaços de destaque.
Martinho da Vila, um dos ícones da música brasileira, encerrou a entrevista falando sobre a importância de ocupar espaços e trocar experiências, mas declarou que isso não é seu foco principal no momento. Aos 86 anos, o artista continua ativo e pronto para lançar um novo álbum, demonstrando sua vitalidade e relevância no cenário cultural do país.