Essa onda de solidariedade dos trabalhadores visa apoiar uma greve geral de 12 horas convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), que é a maior central sindical da Argentina. A greve começou ao meio-dia, hora local, e tem como objetivo pressionar o Congresso a votar contra a Lei Ônibus, um pacote de ajuste com mais de 300 medidas que visa reduzir significativamente o papel do Estado na economia do país, com fortes cortes nos investimentos sociais e nos subsídios aos serviços públicos.
Cabe destacar que a bancada governista no Legislativo argentino tentou, sem sucesso, realizar a votação na Câmara dos Deputados antes do início da greve geral. Por outro lado, a oposição está tentando votar o projeto nesta quinta-feira, aproveitando a repercussão política da greve, porém enfrenta a resistência dos apoiadores do governo, que inicialmente tentaram acelerar o trâmite e agora buscam adiar a votação.
Esses protestos em diferentes cidades ao redor do mundo evidenciam a preocupação e a rejeição de diversas camadas da população em relação às políticas adotadas pelo governo de extrema direita de Milei na Argentina. A manifestação de solidariedade e apoio por parte de organizações sindicais e movimentos sociais em outros países demonstra uma mobilização global em defesa dos direitos dos trabalhadores e em oposição a medidas que buscam enfraquecer o papel do Estado na proteção e promoção dos interesses da população. Este é um panorama que merece atenção e reflexão, pois demonstra a necessidade de resistência e organização por parte da sociedade diante de políticas que ameaçam o bem-estar e a qualidade de vida de grande parte da população.