Lula rejeita decreto de GLO e opta por intervenção no Distrito Federal após ataques golpistas – Caso de pura tensão no governo

No dia 8 de janeiro de 2023, o presidente Lula, do PT, se viu diante de uma situação de crise em Brasília, em meio a cenas de vandalismo nos prédios dos Três Poderes. Nesse contexto, houve debates com ministros sobre a solução para lidar com os ataques golpistas na capital do país. Uma das possibilidades aventadas foi a decretação da GLO (Garantia da Lei e da Ordem), que consistiria em chamar as Forças Armadas para conter os atos. Contudo, segundo relatos, o presidente manifestou veemente descontentamento com essa possibilidade. Ele se recusou a recorrer à GLO, afirmando que quem quisesse poder deveria disputar as eleições e ganhá-las, como ele havia feito.

A rejeição à GLO e a opção por uma intervenção no Distrito Federal foram tomadas em meio a preocupações sobre o que os militares poderiam fazer com o poder nas mãos, em meio à pressão de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro por um golpe. No entanto, Lula decidiu rejeitar a GLO e optar por uma intervenção específica na área de segurança no Distrito Federal, sem afastar o governador Ibaneis.

Ao longo desse dia, houve uma série de contatos e conversas com autoridades e ministros, em um clima de tensão e preocupação. Lula conversou com autoridades como o General Gonçalves Dias, à época ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), a presidente do STF Rosa Weber e o ministro Alexandre de Moraes. Houve também contatos com os presidentes da Câmara e do Senado, autoridades do Congresso e governadores. Foi uma jornada intensa, marcada por decisões complexas e conversas cruciais para a governabilidade do país.

Após determinar a intervenção no Distrito Federal, Lula convocou uma entrevista coletiva, onde reiterou a necessidade de punir os responsáveis pelos atos de vandalismo. Ele também se dirigiu a Brasília, onde se reuniu com autoridades, articulou a reação do dia seguinte e determinou a prisão de manifestantes.

Em meio a todos esses acontecimentos, ficou evidente a postura do presidente em rejeitar medidas extremas e enfatizar a importância da resolução dos conflitos pela via política. Sua atitude em buscar soluções que preservassem a democracia e a estabilidade institucional reforçaram a sua postura como governante eleito.

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