Segundo o jornal Le Figaro, a aprovação da lei de imigração representa o fim do macronismo, com o governo enfrentando dificuldades para lidar com a ala mais à esquerda da maioria presidencial. O projeto final manteve modificações nos critérios para nacionalização, direito de solo e condições de regularização de trabalhadores clandestinos, gerando descontentamento e críticas por parte da oposição.
Para o partido de direita Os Republicanos (LR), a França finalmente está retomando o controle de sua política migratória, mas o jornal Libération traz uma visão diferente, afirmando que a maioria presidencial adotou medidas xenófobas historicamente defendidas pela extrema direita. O jornal acusa o governo de adotar uma postura que vai contra os valores da França, representando uma derrota moral para aqueles que foram eleitos para barrar o partido Reunião Nacional (RN).
A líder da extrema direita, Marine Le Pen, comemorou a aprovação da lei de imigração como uma vitória ideológica, enfatizando a profundidade da divisão e os desafios que o presidente Emmanuel Macron enfrentará em seu próprio partido. O jornal Libération questiona como Macron continuará seu mandato diante dessa profunda divisão, indicando que o cenário político francês está longe de se acalmar.
A aprovação desse projeto de lei está provocando um debate acalorado e pode ter impactos significativos no governo e na liderança do presidente Macron, mostrando a fragilidade do equilíbrio político no país. O desafio agora é como o governo lidará com as divisões crescentes e o descontentamento generalizado em relação a esse projeto.