De acordo com o estudo, esses profissionais têm vivido com “um alvo nas costas”, sendo constantemente ameaçados, pressionados e até mesmo agredidos por interesseiros que buscam impedir a cobertura dos problemas ambientais que assolam a região. Esses crimes contra a liberdade de imprensa são perpetrados por grupos poderosos que visam proteger seus próprios interesses econômicos, desprezando o bem-estar coletivo e o direito à informação.
A Amazônia brasileira é uma das áreas mais biodiversas do mundo e abriga uma quantidade imensa de recursos naturais. Por esse motivo, empresas e madeireiras ilegais cobiçam suas riquezas, ansiando por explorá-las sem qualquer tipo de controle ou fiscalização. A atuação dos jornalistas na região seria fundamental para denunciar essas práticas ilegais e promover debates sobre a preservação ambiental.
No entanto, a RSF destaca que a imprensa tem sido cerceada de diversas formas, dificultando o trabalho dos jornalistas. Além das ameaças diretas, existe também uma forte pressão política e econômica para silenciar a mídia, seja através da compra e controle de veículos de comunicação ou através de cortes de verbas e apoio institucional.
Os dados apresentados no relatório são alarmantes. Nos últimos anos, diversos profissionais da imprensa foram alvo de violência física e verbal, visando intimidá-los e calá-los. Muitos deles vivem com medo constante e acabam se autocensurando, com receio das consequências que suas reportagens podem trazer.
A RSF ressalta a importância da liberdade de imprensa como um pilar fundamental da democracia e faz um apelo para que as autoridades brasileiras tomem providências urgentes para garantir a segurança e liberdade dos jornalistas que trabalham na Amazônia. Além disso, é fundamental que as organizações internacionais se mobilizem e pressionem o governo brasileiro para que a proteção da Amazônia seja tratada como uma prioridade.
Enquanto o jornalismo na Amazônia continuar sendo alvo de ameaças e violações, a preservação dessa região tão importante para o equilíbrio ambiental do planeta continuará em risco. É necessário que a sociedade como um todo se mobilize e exija medidas efetivas para coibir essas práticas criminosas e garantir a liberdade de imprensa na região.