Segundo Tavares, ele veio ao Brasil a turismo para acompanhar as manifestações bolsonaristas em São Paulo e participar de uma audiência no Senado sobre a obrigatoriedade de vacinação contra a Covid-19 em crianças. Apesar disso, o jornalista não havia feito reserva em nenhum hotel e pretendia se hospedar na casa de seu advogado em Bauru, cidade distante mais de 300 km da capital paulista.
Durante o depoimento, Tavares se calou ao ser questionado sobre publicações em suas redes sociais, como aquelas em que critica o Judiciário brasileiro e faz afirmações polêmicas sobre a situação política do país. Além disso, ele também não respondeu a perguntas sobre supostos ataques contra ministros do STF e eventos ocorridos anteriormente.
O jornalista possui um canal no YouTube com mais de 264 mil inscritos, onde costuma publicar vídeos com críticas a questões como ideologia de gênero, ativismo ambiental e imunização contra a Covid-19, difundindo informações falsas e adotando um discurso antivacina. Após ser liberado pela PF, ele participou de um ato bolsonarista na avenida Paulista, onde fez discursos em favor da liberdade e contra a censura.
Em nota, a Polícia Federal esclareceu que as medidas adotadas com Tavares foram padrão e que o estrangeiro não foi impedido de entrar no Brasil de forma indevida. A PF ainda destacou que questionou o jornalista sobre suas declarações polêmicas nas redes sociais, seguindo o protocolo regular de admissão de estrangeiros. A investigação continua em andamento para esclarecer as intenções e atividades de Sérgio Tavares no Brasil.