Em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes, que busca um novo mandato com o apoio do ex-presidente Lula e do PL, está enfrentando um ambiente político tumultuado após a prisão de Valdemar Costa Neto e as investigações da Polícia Federal. A campanha de Nunes entrou em alerta máximo, já que ele busca votos dos eleitores de Bolsonaro. A questão que surge é como evitar o desgaste associado à imagem do presidente atual e se desvencilhar dela. Aliados de Nunes planejam convencer o ex-presidente Lula a desistir de indicar um vice na chapa.
Por outro lado, a crise política atual é vista como uma oportunidade para Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo, especialmente com a entrada de Marta Suplicy, que está de volta ao PT, como candidata a vice. A estratégia é “nacionalizar” a disputa, diferentemente do que está sendo feito pela campanha de Nunes.
No Rio de Janeiro, a candidatura do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) também está sofrendo turbulências, e segundo auxiliares do ex-presidente Lula, pode nem mesmo se concretizar. Ramagem é alvo de investigação da PF, sob suspeita de uso de um software para monitorar adversários de Bolsonaro e ministros do Supremo. As ações da PF também envolvem o vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente e coordenador do chamado “gabinete do ódio”.
Além disso, a PF executou ações de busca e apreensão em endereços do general Braga Netto, que antes havia sido lançado por Bolsonaro como pré-candidato à prefeitura do Rio, mas teve que recuar devido às investigações que o ligam a um plano para solapar a democracia. Braga Netto foi ministro da Casa Civil, da Defesa e candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022.
É importante ressaltar que as informações acima foram apuradas pelo jornal O Estado de S. Paulo, e estão sujeitas a confirmação.