A Rede Nacional de Grupos Católicos LGBT+ também se manifestou, comemorando a novidade e destacando a importância do reconhecimento e validação da existência de famílias diversas por parte da Igreja Católica. A decisão foi vista como um passo positivo em direção à visibilidade e aceitação das diferentes formas de amor presentes na comunidade.
Apesar disso, o governo pontifício manteve seu veto ao casamento homoafetivo. O papa Francisco destacou que a bênção não deve ser equiparada ao matrimônio. O cardeal Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, reforçou a distinção entre as bênçãos concedidas pela igreja e a celebração de um casamento.
Para o padre André Boccatto, professor de teologia na PUC-SP, a nova resolução não obriga um sacerdote a abençoar pessoas em “situações irregulares”. Ele ressaltou a necessidade de analisar cada caso individualmente, tendo como base o mandamento deixado por Jesus de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
O advogado Carlos Ramos, 41, e o servidor público Matheus Peripato, 42, moradores de São Paulo, compartilharam sua alegria ao saber da nova resolução sobre bênçãos a união homossexual. Para eles, a decisão representa o reconhecimento social do valor de sua crença e pode inspirar outros casais gays a compartilharem sua verdadeira identidade em todas as esferas.
Luan Layzon, 33, e Eduardo Parente, 25, também celebram a decisão da igreja, mas ressaltam que o amor deles é abençoado independentemente de autorização externa. Eles acreditam que a decisão da Igreja reflete um novo mundo e a força da militância de minorias crentes no Evangelho.
A bênção a casais homoafetivos representa um marco na história da Igreja Católica e marca um avanço na aceitação e inclusão de membros LGBT+ em sua comunidade. A decisão histórica pode influenciar positivamente a sociedade e inspirar outras instituições religiosas a repensar suas políticas em relação à diversidade e aceitação.