Grupo Puebla e Conselho Latino-Americano de Justiça pedem desculpas formais dos EUA pelo Golpe de Estado no Chile

No aniversário de 50 anos do Golpe de Estado no Chile em 1973, o Grupo Puebla e o Conselho Latino-Americano de Justiça e Democracia (CLAJUD) emitiram uma nota em que se unem à comemoração, destacando a importância de se fazer justiça histórica e preservar a memória dos acontecimentos. O Golpe de Estado marcou uma ruptura profunda na história do Chile e teve consequências duradouras para o povo chileno e para toda a América Latina.

Segundo os documentos desclassificados, os Estados Unidos tiveram um papel relevante nos acontecimentos que levaram ao Golpe de Estado. O governo norte-americano ignorou as preocupações internacionais sobre violações dos direitos humanos e colaborou para enfraquecer a economia chilena durante o governo de Salvador Allende. Sendo assim, o Grupo Puebla e o CLAJUD fazem um apelo às autoridades dos Estados Unidos para que apresentem desculpas formais ao Estado chileno e ao seu povo pela intervenção e ações que resultaram na queda de Allende e no colapso da democracia no país.

Para o Grupo Puebla e o CLAJUD, esse reconhecimento por parte dos Estados Unidos seria uma reparação histórica e uma demonstração da vontade autêntica do país em defender e promover a democracia e os direitos humanos em todo o mundo. Os signatários também reiteram seu compromisso com a defesa da democracia, dos direitos humanos e da justiça na América Latina e no mundo.

A nota foi assinada por várias personalidades latino-americanas, como Ernesto Samper, ex-presidente da Colômbia, e José Luis Rodríguez Zapatero, ex-presidente do Governo da Espanha. Também assinaram a nota representantes de países como Equador, Peru, Argentina, México, Uruguai, Paraguai e Brasil, além de juristas e advogados de diversos países.

O Grupo Puebla e o CLAJUD aproveitam a oportunidade para celebrar a liberdade e a democracia do povo chileno e para reafirmar seu compromisso em lutar pelos direitos humanos e pela justiça em toda a América Latina e no mundo. A nota encerra com a mensagem “Viva o povo livre e democrático do Chile!”.

Em um momento em que o mundo ainda enfrenta desafios relacionados à democracia e aos direitos humanos, a lembrança e a reflexão sobre o Golpe de Estado no Chile em 1973 são fundamentais para que erros do passado não se repitam e para que se fortaleça a luta por um mundo mais justo e igualitário.

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