A situação tem gerado preocupação, já que de acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, divulgado na terça-feira (23), foram notificados 16.079 casos de dengue nos primeiros dias de 2024, com três mortes registradas no mesmo período. Este número representa um aumento de 646,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Diante desse quadro, a Secretaria de Saúde teme um colapso na rede de saúde do DF.
As regiões mais afetadas pela dengue no Distrito Federal são Ceilândia, com 3.963 casos; Sol Nascente/Pôr do Sol, com 1.110 casos; Brazlandia, com 1.045 casos; e Samambaia, com 997 casos. Diante desse cenário preocupante, o Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (25) a estratégia de vacinação contra a dengue no país. O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante na rede pública, porém enfrenta o desafio da baixa quantidade de doses. O governo federal prevê a chegada de pouco mais de 6 milhões de doses – 5,2 milhões compradas do laboratório Takeda e 1,3 milhão doadas.
Ao todo, 521 cidades, incluindo 16 estados e o Distrito Federal, irão receber a vacina. A aplicação das doses deve começar em fevereiro, mas de maneira não uniforme, devido à dependência da disponibilidade das doses. O governo já recebeu as primeiras doses no último fim de semana e a previsão é que o volume total seja entregue até dezembro. Entre as semanas epidemiológicas 1 a 3 deste ano, foram registrados 120.874 casos prováveis e 12 óbitos por dengue. Em 2023, houve a notificação de 44.753 casos prováveis e 26 óbitos. Esses dados são parte dos esforços de monitoramento estratégico para combater o avanço da dengue no país.