Após um ano e meio de debates, o projeto de lei enfrentou resistência, principalmente no Senado, onde parlamentares expressaram reticências quanto à necessidade de inscrever o direito ao aborto na Carta Magna. Mesmo com algumas vozes contrárias, a votação final em Congresso extraordinário foi favorável, com apenas 72 votos contrários entre os 852 parlamentares.
O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que o texto será oficialmente inscrito na Constituição no Dia Internacional dos Direitos das Mulheres, em uma cerimônia aberta ao público no Ministério da Justiça. A decisão foi celebrada como um momento histórico pela imprensa francesa, que destacou a concordância política rara e a felicidade explosiva entre os manifestantes pró-escolha.
O jornal Le Parisien classificou a aprovação do aborto na Constituição como “histórica” e destacou a festividade na Torre Eiffel, onde centenas de militantes brindaram a vitória com a mensagem “meu corpo, minha escolha”. A iniciativa também rendeu homenagens às militantes menos famosas, mas igualmente importantes, que lutaram diariamente pelo direito ao aborto.
A mensagem francesa foi vista como um exemplo para todas as mulheres do mundo, que agora olham com esperança para que essas conquistas sejam replicadas em outros países. O editorial do Libé destacou a importância desse marco para milhões de mulheres que enfrentam a luta pelo direito ao aborto em todo o planeta.
