Flávio Dino se coloca como candidato ao STF e busca apoio de senadores em meio a estratégia política e expectativa de aprovação.

O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), indicado ao STF (Supremo Tribunal Federal), está buscando apoio e diálogo com os senadores para garantir a sua aprovação. Ele está disposto a conversar com todos os 81 potenciais eleitores, seguindo o conselho do próprio presidente da República.

Antes do anúncio oficial, o ex-presidente Lula (PT) e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), recomendaram que Dino se colocasse como candidato e buscasse pessoalmente o apoio de cada senador. Com o aval de Dino, Wagner e o relator da indicação, senador Weverton Rocha (PDT-MA), iniciaram o processo de aproximação com os senadores.

Apesar das ressalvas feitas por alguns senadores, o governo aposta em um “efeito manada”, esperando que os votos indecisos acabem aderindo ao candidato por medo de ficarem marcados pelo futuro ministro do STF. Segundo Rocha, Dino já conta com pelo menos 50 votos, podendo chegar a 58 ou 62.

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), tem confiança na aprovação de Dino e ofereceu um jantar ao ministro e aliados em sua casa. Já o líder do governo, Jaques Wagner, argumenta que a indicação ao STF é prerrogativa do presidente e que o PT não se opôs aos escolhidos no governo Bolsonaro, Kassio Nunes Marques e André Mendonça.

Dino e o procurador Paulo Gonet, indicado por Lula à PGR (Procuradoria-Geral da República), serão sabatinados no mesmo dia, 13 de dezembro. A votação no plenário deve ocorrer entre os dias 13 e 14.

Apesar do calendário apertado, a expectativa é de que a sabatina de Dino e Gonet seja concluída com sucesso, garantindo a sua aprovação para o cargo de ministro do STF.

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