Durante o protesto, Alvaro Ricardo de Souza, um educador físico aposentado que recebeu atendimento no Instituto Oscar Clark e viu sua qualidade de vida melhorar, destacou a importância do centro e lutou para que outras pessoas também possam ter acesso aos mesmos benefícios. Ele ressaltou que, mesmo sendo cego, conseguiu desfrutar de atividades como dança de salão, hidroginástica, musculação, tai chi chuan, e canoa polinésia, resultando em uma vida plena e feliz.
Além de Alvaro, o assistente social Luciano de Jesus, que também é cego, enfatizou a relevância do atendimento especializado oferecido pelo centro de reabilitação. Ele afirmou que, sem profissionais qualificados para auxiliar no aprendizado de habilidades cotidianas, como caminhar na rua, usar dispositivos eletrônicos e realizar tarefas domésticas, as pessoas com deficiência visual podem entrar em depressão e desistir da vida.
O psicólogo Carlos Alberto, que participou do processo de reabilitação de alguns dos manifestantes, destacou os benefícios sociais e emocionais proporcionados pelo centro. Ele ressaltou a importância do convívio em grupo e do desenvolvimento de habilidades para que essas pessoas possam retornar às atividades cotidianas e viver plenamente.
Em resposta às denúncias, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o Centro Municipal de Reabilitação Oscar Clark está passando por reformas, com admissão de novos profissionais e contratação de especialistas para garantir a continuidade dos serviços especializados prestados à população. A mobilização dos manifestantes e a visibilidade gerada pelo protesto são importantes para pressionar as autoridades a garantir o acesso dessas pessoas aos cuidados necessários para sua reabilitação e qualidade de vida.
