A Vale começou a debater nesta semana sobre o comando da companhia nos próximos três anos, com a avaliação de comitê interno sobre a possível recondução do presidente atual. Nas últimas semanas, membros do governo e aliados do petista fizeram uma ofensiva em defesa do nome de Mantega.
Lula criticou a atuação da mineradora após a tragédia de Brumadinho (MG), que matou 270 pessoas há cinco anos. Em outra frente, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, recorreu às redes sociais para reforçar a pressão pela indicação de Mantega ao comando da Vale.
O ex-ministro vinha sendo defendido pela base aliada do governo e do próprio partido, com o objetivo de indicar Mantega para o cargo de presidente da Vale. No entanto, a decisão de abrir mão do cargo envia um sinal claro para a mineradora de que o governo e o PT não apoiam sua escolha para o posto.
A carta de Mantega marca uma reviravolta na discussão sobre a presidência da Vale, sendo interpretada como um recuo do ex-ministro e uma forma de desvincular o governo e o partido da indicação de seu nome para o cargo.
A decisão de Mantega também impacta a condução do processo de sucessão na Vale, trazendo incertezas sobre quem assumirá a presidência da mineradora nos próximos anos. Com a pressão do governo, aliados e a própria articulação de Mantega e Lula, a escolha do novo presidente da Vale ganha contornos de disputa política, tornando-se um tema de interesse nacional e com possíveis desdobramentos na economia do país.
