Em resposta ao Estadão, o ex-deputado afirmou que ainda não foi intimado sobre a denúncia e que considera as acusações como tendo “teor político”. Ele ainda ressaltou que todas as denúncias anteriores, incluindo acusações de evasão de divisas e turismo sexual, já foram arquivadas. Do Val alega que a denúncia foi feita com a intenção de causar polêmica e chamar atenção para si, utilizando a estrutura do Ministério Público para isso.
As promotoras de Justiça do Grupo de Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância do Ministério Público afirmaram que o ex-deputado “preconceituosamente desqualificou” e “inferiorizou” as mulheres ucranianas, atingindo a “dignidade e liberdade sexuais”. De acordo com a denúncia, a prática misógina de Do Val representa uma grave discriminação que atenta contra os direitos e liberdades fundamentais das mulheres.
Agora, cabe ao Tribunal de Justiça de São Paulo decidir se as acusações serão aceitas e se será aberta uma ação penal contra o ex-deputado. Uma queixa-crime sobre o caso na Justiça Federal já foi arquivada. A defesa de Do Val ressaltou que, até o momento, seus advogados não tiveram acesso ao processo, que tramita em sigilo.
Com essa nova denúncia, o caso envolvendo Arthur do Val continua a se desenrolar, mostrando a repercussão das declarações feitas por ele. O desfecho desse episódio dependerá das decisões das autoridades judiciais, que terão que avaliar as acusações do Ministério Público e determinar as consequências legais para o ex-deputado.