Ex-coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol filia-se ao partido Novo após deixar o Podemos.

O ex-coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, se filiou no sábado (30) ao partido Novo após deixar o Podemos. O anúncio de filiação ocorreu durante o encontro nacional do Novo, realizado em São Paulo, que contou com a presença do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que é cotado para se lançar à Presidência da República em 2026.

Deltan Dallagnol, que foi o mais votado do Paraná à Câmara em 2022, teve o mandato de deputado federal cassado em maio pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A cassação se deu em decorrência de uma ação proposta pela Federação Brasil da Esperança (PT, PC do B e PV) e do PMN, que alegava que Dallagnol não poderia ter deixado a carreira de procurador da República para entrar na política devido a questões disciplinares junto ao Conselho Nacional do Ministério Público.

Durante seu discurso no encontro do Novo, Deltan exaltou a nova legenda e destacou sua intenção de “lutar contra os donos do poder”. A filiação de Dallagnol ao partido representa um reforço para a sigla, que busca ampliar sua influência política e fortalecer sua base de apoiadores.

O partido Novo se destaca por defender princípios liberais na economia e na política, defendendo um Estado mais enxuto e uma maior abertura ao mercado. Além disso, o Novo ressalta a importância da meritocracia e da responsabilidade fiscal como eixos fundamentais para o desenvolvimento do país.

Com a filiação de Deltan Dallagnol, o Novo passa a contar com um membro importante da Operação Lava Jato em seus quadros, o que pode contribuir para reforçar sua imagem de partido sério e comprometido com a luta contra a corrupção.

No entanto, a entrada de Deltan Dallagnol no Novo também gera questionamentos e críticas por parte de alguns setores. Alguns apontam que sua atuação na Lava Jato foi marcada por polêmicas e questionamentos sobre sua imparcialidade. Além disso, há quem critique a entrada de procuradores da República na política partidária, alegando que isso pode comprometer a isenção e independência do Ministério Público.

De qualquer forma, a filiação de Deltan Dallagnol ao Novo deve trazer repercussões tanto para o partido quanto para o próprio ex-coordenador da Lava Jato. Resta acompanhar como ele irá se posicionar e atuar dentro da sigla, bem como o impacto que sua presença terá no cenário político do país.

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