Estudo revela conexão entre crimes no Cerrado e gigantes da moda na Europa: Fornecedores de algodão para Zara e H&M são acusados de desmatamento

Um estudo recente revelou uma conexão perturbadora entre crimes ambientais no Cerrado brasileiro e grandes marcas de moda na Europa. Fornecedores de algodão que abastecem fabricantes de roupas famosas, como Zara e H&M, estão ligados a fazendas no oeste da Bahia que têm um histórico preocupante de desmatamento e violações ambientais.

As fazendas em questão fazem parte de uma cadeia de produção que abastece as maiores marcas de moda do mundo, com tecidos de algodão que são transformados em roupas vendidas em lojas de todo o globo. No entanto, por trás da fachada de sofisticação e glamour, esconde-se um cenário de destruição ambiental e crimes contra a natureza.

O desmatamento no Cerrado, um dos biomas mais ricos em biodiversidade do Brasil, tem sido impulsionado pelo avanço da agroindústria, em busca de terras para expandir a produção de algodão. As fazendas investigadas no oeste da Bahia foram identificadas como responsáveis por desmatamento ilegal, queimadas e outras práticas danosas ao meio ambiente.

Além das questões ambientais, a ligação entre o desmatamento no Cerrado e as marcas de moda na Europa levanta preocupações sobre as condições de trabalho nas cadeias de produção. Muitas vezes, os trabalhadores rurais envolvidos na colheita do algodão enfrentam jornadas exaustivas, baixos salários e condições precárias de trabalho.

Diante dessas revelações, organizações ambientais e defensoras dos direitos humanos têm pressionado as marcas de moda a adotarem práticas mais sustentáveis e transparentes em suas cadeias de produção. O escândalo revelado pelo estudo mostra a importância de uma maior fiscalização e regulamentação do setor, para evitar que a moda venha a custo do meio ambiente e do bem-estar dos trabalhadores.

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