Embarcação de ajuda humanitária parte do Chipre para Gaza em missão de urgência contra a fome na região.

Em uma operação de auxílio humanitário inédita, uma carga de suprimentos essenciais será transportada para a Faixa de Gaza por meio de um navio de carga e uma barcaça rebocada por um navio de salvamento. A viagem está prevista para durar cerca de 60 horas, conforme informou uma autoridade do Chipre à Reuters.

A colaboração entre as autoridades do Chipre e de Israel resultou na criação de um corredor marítimo para agilizar a chegada dos materiais de socorro à região. A iniciativa conta com o apoio da World Central Kitchen (WCK), atuante em Gaza há meses, em parceria com a instituição de caridade espanhola Open Arms. O financiamento foi majoritariamente proveniente dos Emirados Árabes Unidos, com respaldo das autoridades cipriotas.

Na primeira missão realizada em março, a WCK construiu, de forma improvisada, um cais para descarregar cerca de 200 toneladas de alimentos em Gaza, local que carece de estruturas portuárias. O comboio que partirá neste sábado incluirá equipamentos como empilhadeiras e guindastes, visando facilitar as entregas futuras por via marítima, além de uma equipe especializada para operar os equipamentos.

Paralelamente, os Estados Unidos têm planos de construir um cais flutuante na costa de Gaza para também receber assistência humanitária. A previsão para a conclusão da obra é 1º de maio, mas há expectativas de que esteja pronto antes, por volta de 15 de abril, conforme revelou o presidente cipriota, Nikos Christodoulides, com base em informações obtidas junto às autoridades norte-americanas.

Diante da iminência de uma crise de fome no norte da Faixa de Gaza, onde 300 mil pessoas estão sitiadas pelos conflitos, a Organização das Nações Unidas emitiu um alerta. Mais da metade da população de Gaza, que soma 2,3 milhões de habitantes, poderá enfrentar a escassez de alimentos até o mês de julho. A chegada dos suprimentos é aguardada com ansiedade pela população local, que enfrenta uma situação humanitária cada vez mais crítica.

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