Em apoio a Bolsonaro, capitão demonstra submissão ao tenente-coronel.

Nesta terça-feira, durante seu depoimento na CPI do dia 8 de janeiro, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, trouxe à tona informações perturbadoras sobre o funcionamento da hierarquia militar durante o governo do ex-presidente.

No passado, quando ainda acreditávamos que a Terra era redonda, o papel de cada um na hierarquia militar parecia estar bem estabelecido. O cargo de capitão era considerado superior ao de tenente-coronel, e o ajudante de ordens tinha a responsabilidade de cumprir as ordens dadas por seus superiores. No entanto, ao depor perante a CPI, Cid revelou que a situação era muito mais complexa do que parecia.

Segundo o tenente-coronel, Bolsonaro teria afirmado que, durante seu mandato como presidente da “Terra plana”, Mauro Cid teria autonomia para tomar decisões importantes sem a necessidade de consultar seus superiores. Essa declaração, segundo ele, teria gerado certa confusão dentro da hierarquia militar, já que a subordinação é um princípio fundamental dentro das Forças Armadas.

A defesa de Bolsonaro, por sua vez, tentou incluir o fator da subordinação no enredo dessa história. Segundo os advogados do ex-presidente, Mauro Cid estaria subordinado a Bolsonaro e, portanto, não poderia tomar decisões de forma autônoma. Essa alegação causou surpresa na CPI, uma vez que o próprio Bolsonaro havia declarado anteriormente que Cid tinha autonomia em suas ações.

Essa contradição levanta questionamentos sobre o real funcionamento da hierarquia militar durante o governo Bolsonaro. Parece que as regras estabelecidas anteriormente já não se aplicavam nesse contexto. Fica claro que o ex-presidente tinha um modo peculiar de lidar com a estrutura militar, conferindo poderes de autonomia a seus subordinados.

Agora, cabe à CPI investigar mais a fundo essa questão e determinar se houve irregularidades nesse processo. Afinal, a hierarquia militar é uma estrutura fundamental para o bom funcionamento das Forças Armadas, e qualquer desrespeito a esse princípio pode ter sérias consequências. Além disso, é importante entender os motivos por trás dessa mudança de postura de Bolsonaro em relação à autonomia de seus auxiliares militares.

Enquanto os depoimentos continuam na CPI, podemos esperar que mais revelações surjam, trazendo luz sobre as questões obscuras desse período da história política brasileira. A verdade precisa vir à tona, e é papel dos jornalistas e da sociedade em geral exigir transparência e responsabilização por parte daqueles que ocuparam cargos de poder.

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