EI-K: A interseção do terrorismo no Oriente Médio e além, com conexões fluidas entre facções radicais e ameaças globais.

O grupo conhecido como Estado Islâmico de Khorasan, ou EI-K, tem causado um grande impacto em várias regiões do mundo, mesmo tendo suas raízes no antigo território de Khorasan, que inclui partes do Irã, Turcomenistão e Afeganistão. Suas atividades não se limitam apenas a essa região, mas se estendem para além dela, com ataques mortais ocorrendo também no Paquistão, Tajiquistão, Uzbequistão e até mesmo nos Estados Unidos e Europa.

Formado em 2014 por desertores do Talibã e da Al Qaeda no Paquistão e Afeganistão, o EI-K adotou uma interpretação extremamente violenta do jihadismo. Em 2015, o grupo se declarou formalmente como uma extensão do Estado Islâmico na região de Khorasan, com o objetivo de estabelecer um califado transnacional regido por suas próprias interpretações radicais do Islã.

Analistas descrevem as conexões do EI-K com outros grupos terroristas como fluidas, com membros e facções da Al Qaeda, do Talibã e de milícias variadas frequentemente mudando de alianças para se juntarem ao grupo. Antes da tomada de poder do Talibã no Afeganistão em 2021, forças dos EUA e do governo afegão atacaram o EI-K, mas o vácuo de segurança deixado pela saída das tropas americanas permitiu ao grupo se fortalecer, estabelecendo novos campos de treinamento e ampliando suas redes globais.

Embora as autoridades talibãs tenham afirmado que estão tentando conter as atividades do EI-K, a eficácia desses esforços tem sido questionada, visto que os ataques do grupo contra minorias étnicas e religiosas no Afeganistão aumentaram em frequência e letalidade. A tentativa de sustar o crescimento do EI-K tem se mostrado insuficiente, colocando em alerta a comunidade internacional sobre a ameaça que esse grupo representa.

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