Repórter São Paulo – SP – Brasil

Deputada bolsonarista assume presidência da CCJ da Câmara em revés para o governo Lula: “gestão com equilíbrio” promete.

A Câmara dos Deputados teve uma movimentação intensa nesta quarta-feira, com a eleição da deputada bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC) para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Com 49 votos a favor e nove em branco, a parlamentar assumiu o comando do principal colegiado da Casa, o que representa um revés para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

O Palácio do Planalto, juntamente com lideranças do Centrão, tentou evitar a ascensão de Caroline à presidência da CCJ, alegando que ela seria polêmica demais para o cargo. No entanto, o Partido Liberal manteve a indicação da deputada, que acabou sendo aprovada até mesmo por deputados petistas, como Rubens Pereira Jr e José Guimarães.

Caroline de Toni se comprometeu a ter uma gestão equilibrada e transparente à frente da CCJ, ouvindo todas as bancadas e respeitando os princípios de proporcionalidade e regimento interno da Câmara. Conhecida por seu trabalho em favor do Estatuto do Nascituro, projeto que proíbe o aborto em qualquer caso no país, a deputada enfrenta resistência por parte da esquerda.

Apesar das tentativas do governo de adiar a instalação dos colegiados, a abertura dos trabalhos das comissões seguiu conforme o planejado, demonstrando a importância política e influência interna desses cargos. Comandar as principais comissões da Câmara é um sinal de prestígio, e a CCJ, por exemplo, analisa todas as Propostas de Emenda à Constituição (PECs).

A eleição de Caroline de Toni para presidir a CCJ marca um momento de mudança e pluralidade na Câmara dos Deputados, onde a oposição terá voz ativa em um dos principais colegiados do legislativo brasileiro. Resta acompanhar de perto o desempenho da nova presidente e as repercussões políticas de suas decisões na Casa.

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