Esses números foram revelados em uma pesquisa realizada pelo Ipec, que mostrou um aumento significativo no uso de vapes ou e-cigs nos últimos seis anos. A incidência desses dispositivos saltou de 0,3% para 1,8% da população nesse período.
Um dos destaques da pesquisa foi a expansão do uso de cigarros eletrônicos em Mato Grosso do Sul, onde a taxa de fumantes desses dispositivos aumentou de 1,8% para 4%, representando um crescimento de 122% entre 2022 e 2023. Outros estados que também apresentaram aumentos significativos foram Goiás (alta de 107%), Minas Gerais (100%) e Paraná (32,4%).
No entanto, o Distrito Federal teve uma queda de 18% no uso de cigarros eletrônicos, mas ainda é o local com a maior incidência desses dispositivos por habitante, com um a cada 4,5 pessoas.
Enquanto a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) debate sobre a regulamentação dos cigarros eletrônicos, o mercado clandestino desses dispositivos continua a crescer no país. Um estudo realizado pela Fiemg estima que esse mercado movimenta cerca de R$ 7,5 bilhões por ano, com a maior parte das mercadorias vindo da China e do Paraguai. Além disso, a União perde aproximadamente R$ 2,2 bilhões em impostos devido ao mercado clandestino, e o país deixa de criar cerca de 110 mil empregos.
O debate sobre a regulamentação dos cigarros eletrônicos continua em andamento, enquanto o mercado clandestino desses dispositivos continua a impactar a economia do país.
