O plano original de saquear e tomar a cidade se transformou em uma aliança pacífica, onde os israelitas ganharam direitos de cidadania iguais aos dos habitantes de Siquém. Isso permitiu que eles se fixassem na terra de Canaã e desenvolvessem diversos empreendimentos, como plantações de trigo, cevada, olivais e criação de gado.
No entanto, a trama acabou tomando um rumo inesperado quando o príncipe Siquém se apaixonou pela jovem Dina, filha de Israel, e decidiu raptá-la. O pai de Siquém, Hemor, negociou com Jacob para que o casamento fosse oficializado, mas os irmãos mais velhos de Dina, especialmente Simeão e Levi, tinham outros planos.
Após uma série de reviravoltas e negociações, Simeão, Levi e outros homens de Israel planejaram um massacre em Siquém. Utilizando-se do momento da circuncisão dos homens da cidade, os israelitas invadiram Siquém e assassinaram brutalmente todos os habitantes, incluindo mulheres e crianças, exceto os que podiam ser úteis como escravos.
A vingança dos israelitas demonstrou extrema brutalidade e crueldade, chegando ao ponto de enterrar a cabeça de Siquém na latrina de seu quarto. No entanto, o impulso para tais atos ainda permaneceu como um ponto de questionamento na mente de Jacob, refletindo sobre a violenta natureza de seu povo e se isso estava de alguma forma predestinado.
A história de Siquém e os israelitas ilustra uma série de questões fundamentais sobre os conceitos de vingança, brutalidade e traição, e como esses elementos podem influenciar o destino de um povo. A partir desse ponto, os eventos que se desenrolaram mostram como ações de violência podem gerar ciclos intermináveis de derramamento de sangue e sofrimento.