Se o projeto virar lei, as redes sociais deverão impedir que menores de 16 anos criem contas nas plataformas e fechem aquelas que foram abertas anteriormente, usando métodos para verificar a idade dos usuários. Essa medida visa combater a exposição precoce de crianças e adolescentes a conteúdos inapropriados presentes nas redes sociais.
Embora a maioria das redes sociais exija apenas uma idade mínima de 13 anos para abrir uma conta, não são muitas as barreiras para garantir que essa faixa etária seja respeitada. O projeto não menciona nenhuma plataforma específica, mas se dirige às que rastreiam a atividade de seus usuários, permitem o envio de conteúdo ou liberam seguir outras contas e tenham um design com características viciantes.
A deputada republicana Erin Grall, uma das responsáveis por impulsionar o projeto, alega que os negócios usam funções viciantes para manipular em massa as crianças e causar-lhes danos. Por outro lado, os parlamentares contrários à iniciativa argumentam que cabe aos pais e não à lei monitorar o uso que seus filhos fazem das redes sociais. O governador DeSantis pareceu apoiar essa opinião em coletiva de imprensa, afirmando que os pais têm o direito de opinar sobre o acesso de seus filhos às redes sociais.
Porém, alguns críticos afirmam que a lei violaria a primeira emenda da Constituição dos Estados Unidos, que garante a liberdade de expressão. DeSantis também alertou sobre a viabilidade da lei em relação a ações judiciais, citando casos anteriores em que iniciativas semelhantes foram bloqueadas nos tribunais.
Como podemos ver, a aprovação desse projeto de lei na Flórida levanta questões importantes sobre os direitos e responsabilidades dos pais, a influência das redes sociais sobre os jovens e os limites da liberdade de expressão. Sendo assim, o debate sobre o impacto das redes sociais na sociedade certamente continuará.