Para os ferros-velhos brasileiros, a valorização do metal tem sido impactante. Atualmente, o cobre é cotado em cerca de R$ 40 por quilo, uma significativa valorização em relação aos preços pré-pandemia, que giravam em torno de R$ 15 a R$ 20. Essa mudança de patamar tem relação direta com a alta demanda e valorização do metal nos mercados internacionais.
Um fator que tem chamado atenção é o aumento de furtos de cobre, um problema que afeta diversos países, incluindo o Brasil. De acordo com um estudo da empresa Faster Capital, o país está entre os cinco mais afetados, juntamente com Estados Unidos, Índia, África do Sul e China. O alto valor do cobre no mercado negro e a rentabilidade dessas atividades ilegais têm impulsionado esse tipo de crime.
No Brasil, estima-se que cerca de 30% do cobre comercializado tenha origem ilícita, movimentando aproximadamente R$ 2,4 bilhões por ano, de acordo com dados do Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo (Sindicel). Essa realidade tem atraído novos atores para o mercado e colocado em alerta as autoridades e empresas do setor.
Diante desse cenário de valorização e aumento da demanda, analistas já projetam que o preço do cobre possa atingir 15 mil dólares por tonelada até 2025, o que reforça a importância estratégica desse metal no cenário econômico global. A sustentabilidade e a presença do cobre como um metal verde fundamental têm impulsionado seu valor e atraído investidores interessados nesse mercado em constante evolução.
