Mesmo reconhecendo que os assentamentos em questão estão atualmente desertos, o gabinete ressaltou sua importância estratégica. Localizados próximos à principal estrada que liga a Armênia ao norte, em direção à fronteira com a Geórgia, esses vilarejos são fundamentais para o comércio do país e para o abastecimento de gás proveniente da Rússia.
A devolução dos vilarejos era uma precondição estabelecida pelo Azerbaijão para a assinatura de um acordo de paz, após décadas de conflito na região de Nagorno-Karabakh. Em setembro, as forças azerbaijanas lançaram uma ofensiva para retomar o controle de Karabakh, região habitada majoritariamente por armênios étnicos, que declararam independência do Azerbaijão na década de 1990.
A ofensiva azerbaijana resultou na fuga em massa da população local, estimada em cerca de 100 mil habitantes, em direção à Armênia. Essa mudança drástica alterou a dinâmica do conflito em favor do Azerbaijão, que passou a ter controle sobre a maior parte de Nagorno-Karabakh.
Diante desse contexto, a devolução dos vilarejos representa um passo importante na busca por uma solução diplomática para o conflito armênio-azerbaijano, seguindo as negociações em curso entre os dois países e a mediação de organismos internacionais.