Entre os nomes que constam na lista, estão os ex-governadores do Ceará, Camilo Santana, que atualmente ocupa o cargo de Ministro da Educação, e João Dória, governador de São Paulo. As denúncias de espionagem ilegal têm gerado indignação entre os políticos atingidos e naqueles que defendem a democracia e os direitos do cidadão.
Em entrevista, João Dória se manifestou a favor de uma investigação mais profunda sobre o caso: “Arapongagem é crime, fere a Constituição Brasileira, fere o direito do cidadão, violenta a liberdade”, afirmou. Além dos governadores, senadores também foram alvos de monitoramento ilegal, gerando revolta e protestos por parte deles.
O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, condenou o ataque às prerrogativas do trabalho parlamentar e classificou a espionagem como uma tentativa clara de intimidação. Ele foi acompanhado por outros senadores, como Otto Alencar e Rogério Carvalho, que também prometeram medidas para punir os responsáveis pelo escândalo.
Além de governadores e senadores, ministros do governo do ex-presidente Bolsonaro também estariam entre as vítimas da Abin Paralela. Nomes como Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e Abraham Weintraub foram citados como alvos do monitoramento ilegal. Weintraub afirmou não temer as investigações e questionou a atuação da agência de inteligência.
Diante das revelações, a ex-ministra Flávia Arruda, que também esteve à frente da secretaria de governo, se manifestou, surpresa e indignada, por ser monitorada de forma ilegal e arbitrária. As investigações apontam que o monitoramento ilegal era comandado por Alexandre Ramagem, delegado da Polícia Federal e ex-diretor da Abin.
Por fim, a Polícia Federal informou que as investigações seguem em sigilo e não há uma data prevista para o encerramento. O escândalo promete ganhar ainda mais destaque nos próximos dias, à medida que mais informações forem apuradas e divulgadas, trazendo à tona um debate importantíssimo sobre os limites e a transparência na atuação das agências de inteligência do país.