O atual modelo de produção agrícola em larga escala tem desempenhado um papel significativo na segurança alimentar global, contribuindo para a redução da fome e o aumento do consumo calórico em países em desenvolvimento. A Revolução Verde, com suas sementes híbridas de alto rendimento, agrotóxicos, fertilizantes químicos, irrigação e mecanização, é a base sobre a qual o agronegócio se apoia. No entanto, esse modelo vem enfrentando desafios, uma vez que é concentrador em termos de capital e lucro, estimula a expansão em áreas naturais e gera impactos climáticos e na biodiversidade.
O uso intensivo de energia fóssil na produção agrícola tem impactos significativos no meio ambiente, especialmente no ciclo de nutrientes e na emissão de gases de efeito estufa. Além disso, a intensificação da produção de proteína animal em larga escala, especialmente na forma de carne bovina, também contribui para as consequências negativas sobre o clima e a biodiversidade.
Embora o agronegócio brasileiro tenha conquistado vitórias significativas e exerça influência relevante, é necessário reconhecer que o modelo atual representa um andaime que corre o risco de comprometer a estrutura da casa. Portanto, é imperativo que sejam consideradas alternativas sustentáveis para substituir esse modelo, mesmo que isso gere resistência por parte dos envolvidos.
Diante desse cenário, é essencial que sejam realizados debates e reflexões acerca do futuro do agronegócio brasileiro, buscando caminhos que conciliem a produção agropecuária com a preservação ambiental e a sustentabilidade a longo prazo. A superação dos desafios e a implementação de soluções viáveis são fundamentais para garantir um desenvolvimento equilibrado e responsável do setor agropecuário no Brasil.