No entanto, a produção nacional foi o grande contraponto, apresentando séries como “Cangaço Novo” (Amazon Prime Video), “Vale o Escrito”, “Os Outros” (ambas Globoplay) e “Amar é para os Fortes” (Prime Video), que ofereceram uma dramaturgia vigorosa e atuações memoráveis, apesar de abordarem predominantemente temas relacionados à violência e criminalidade.
A convergência de temáticas violentas nas obras sugere uma possível crise de criatividade na indústria das séries, assim como um excesso de produção que torna impossível acompanhá-las e pagar por todas as plataformas de streaming. Além disso, o modelo que impulsiona as produções gerou greves históricas de atores e roteiristas, marcando o ano de 2023.
Apesar disso, nunca houve tanta diversidade de séries, provenientes de diferentes lugares e em diversas línguas. John Landgraf, executivo da FX, prevê um declínio na produção para os próximos anos, uma aposta que pode ser influenciada pela limitação de tempo das pessoas para assistir a tantas obras, e uma possível diminuição do interesse do público após o período de pandemia.
No entanto, apesar dos possíveis desafios enfrentados pela indústria das séries, é preciso celebrar a diversidade e a riqueza de produções que estão disponíveis para os telespectadores. Por isso, mesmo com as dificuldades enfrentadas, 2023 foi um ano marcante em termos de variedade temática, linguística e de elenco nas séries.
Com isso, a coluna encerra suas atividades em 2023, agradecendo a leitura e desejando um feliz 2024 para todos os leitores. Que o próximo ano traga ainda mais novidades e surpresas no universo das séries!