Ao longo de sua carreira, Zizi registrou em cadernos seus processos criativos, demonstrando um comprometimento profundo com sua arte. O diretor Jânio Tavares destacou a capacidade da atriz em adaptar os personagens ao seu corpo, tornando o processo de criação ainda mais incrível de se observar. Com nanismo, Zizi superava qualquer barreira física e se destacava por sua inteligência e prontidão em cena.
Além de seu talento nos palcos, Zizi também se expressava através de artesanatos, como pinturas e bordados, chegando a confeccionar seus próprios figurinos e acessórios para as apresentações. Sua vida, marcada por mudanças de cidade durante a infância e adolescência, foi permeada pelo amor à arte e pela busca constante de expressão.
Embora tenha enfrentado desafios físicos ao longo da vida, Zizi nunca viu sua condição como um obstáculo para sua realização artística. Sua sobrinha destacou que a atriz entendia que o corpo podia se expressar de diversas formas, sem se deixar limitar por suas características físicas.
Após uma carreira dedicada ao teatro e à arte educativa, Zizi faleceu aos 68 anos, vítima de um ataque cardíaco em casa. Deixou um legado de inspiração e superação para seus familiares, amigos e colegas de profissão, que reconhecem sua importância no cenário teatral brasileiro. A morte da atriz deixou uma lacuna no mundo das artes, mas seu legado continuará vivo através das memórias emocionantes que ela deixou para todos os que tiveram a oportunidade de conhecer e admirar seu trabalho.