Volkswagen enfrenta crise e tem “um, talvez dois” anos para reverter situação da marca de carros, diz diretor financeiro.

A Volkswagen está enfrentando um momento delicado em relação à sua principal marca de carros, com a possibilidade de fechar fábricas na Alemanha pela primeira vez em sua história. Em uma reunião com 25 mil trabalhadores, o diretor financeiro da empresa, Arno Antlitz, alertou que a marca tem “um, talvez dois” anos para reverter a situação e se adaptar à transição para veículos elétricos.

A redução na demanda por cerca de 500 mil carros e a falta de recuperação das vendas são alguns dos desafios enfrentados pela Volkswagen. A situação é agravada pelo encolhimento do mercado automotivo na Europa após a pandemia e a competição crescente de rivais asiáticos de menor custo.

A chefe do conselho de trabalhadores, Daniela Cavallo, expressou sua insatisfação com as decisões da administração da Volkswagen, destacando a quebra de confiança e ameaçando possíveis greves. O sindicato IG Metall também não descartou a possibilidade de paralisações e se mostrou determinado a evitar o fechamento de fábricas.

O anúncio da possibilidade de fechamento de fábricas após 87 anos de história da empresa trouxe preocupações para a economia europeia, que já enfrenta desafios como a fraca demanda de exportação e altos custos. O chanceler Olaf Scholz e o Ministro do Trabalho, Hubertus Heil, se envolveram na situação, prometendo apoio e destacando a importância da Volkswagen para a economia alemã.

A Volkswagen, que possui marcas como Audi, Seat e Skoda, está focada em alcançar uma margem de lucro de 6,5% na marca VW até 2026. A empresa enfrenta pressões não apenas financeiras, mas também devido a problemas passados, como o escândalo do dieselgate, que ainda assombra a companhia.

Apesar das dificuldades e tensões entre a administração e os sindicatos, a Volkswagen busca encontrar soluções para se adaptar ao mercado automotivo em constante evolução e garantir sua sustentabilidade a longo prazo.

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