Com lágrimas nos olhos, Agatha compartilhou as dificuldades que enfrentou ao criar seu filho Arthur, de 8 anos, que nasceu com sérias deficiências. Ela desabafou sobre a exaustão de cuidar sozinha do filho, sem ter o apoio do pai dele, Anderson. A ausência de Anderson na vida de Arthur fez com que o menino perdesse o convívio com os familiares paternos e a figura que sempre lhe transmitiu confiança.
Anderson, que estava prestes a iniciar uma nova etapa profissional na empresa aérea TAP, era o grande apoio e incentivo para Agatha e Arthur. Mesmo após sua morte, Agatha garante que ainda realiza ações pensando no que faria se ele estivesse presente.
Além do depoimento de Agatha, outras testemunhas também prestaram seus relatos, como a jornalista Fernanda Chaves, ex-assessora de Marielle, Marinete da Silva, mãe da vereadora, e Mônica Benício, viúva de Marielle. O julgamento conta com a participação de 21 jurados, que ficarão incomunicáveis durante o processo.
Os réus confessos Ronnie Lessa e Élcio Queiroz serão ouvidos por videoconferência. O Ministério Público do Rio pedirá a pena máxima para os acusados, que pode chegar a 84 anos de prisão. Enquanto isso, os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, juntamente com o delegado Rivaldo Barbosa, são apontados como mandantes do crime e negam qualquer envolvimento.
A audiência do julgamento se estendeu durante a madrugada e está cercada por uma atmosfera de tensão e emoção, à medida que a justiça busca esclarecer e punir os responsáveis pela morte trágica de Marielle Franco e Anderson Gomes.